DEVOÇÃO

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Deus vai te responder na sua crise




Sua crise está chegando. Se ela ainda não chegou ou se você não está no meio de uma nesse momento, sua hora vai chegar.
E não apenas uma crise. Em sua misericórdia severa, Deus pontua nossas vidas nessa era caída com momentos de crises com graus variáveis, destinados para o nosso bem eterno. Durante milênios, o povo de Deus tem conhecido “momentos de crise” e “dias de angústia”, às vezes demasiadamente. E o mesmo continua atualmente. Nosso Pai nunca prometeu que o fato dos nossos problemas serem dele significaria que não teríamos os nossos.
De novo e de novo, as Escrituras descrevem os fiéis não como aqueles que nunca tiveram problema, mas como aqueles que clamaram a Deus em suas crises. Os homens e mulheres que lembramos como modelos enfrentaram os maiores momentos de crise e dias de angústia. E Deus ouviu seu clamor por ajuda. Ele não era surdo naquela época, e nem é hoje, para as vozes do seu povo, quer de pessoas grande ou pequenas, especialmente na crise.
Nosso Deus não é apenas o Deus que fala, memorável que seja, mas também, maravilha sobre maravilha, o Deus que ouve. Quando Tiago chama cada um de nós a ser “pronto para ouvir” (Tg 1.19), ele nos chama para sermos como nosso Pai celestial. Temos um Pai “que escutas a oração” (Sl 65.2), que atende a voz das nossas petições (Sl 66.19). Nosso Deus não apenas vê todas as pessoas, mas vê os seus de maneira especial, como aqueles com quem ele se aliançou em amor. Ele ouve seu povo com o ouvido de um Marido e de um Pai. Ele não é perturbado ou incomodado pelas nossas petições, especialmente durante nossos problemas e angústias.
Os Salmos, em particular, celebram a vontade de Deus em ouvir e ajudar seu povo no seus “dias de angústia” e “momentos de crise”. Davi testificou que Deus tinha sido para ele “alto refúgio e proteção no dia da minha angústia.” (Sl 59.16 e também 9.9; 37.39; 41.1). Ele sabia para onde se voltar quando a crise chegasse: “No dia da minha angústia, clamo a ti, porque me respondes” (Sl 86.7). “No dia da adversidade, ele me esconderá no seu pavilhão” (Sl 27.5). E Davi sabia para onde direcionar os outros: “O Senhor te responda no dia da tribulação” (Sl 20.1). “O Senhor é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação” (Sl 9.9).
E não apenas Davi, mas o salmista Asafe também diz: “No dia da minha angústia, procuro o Senhor” (Sl 77.2). O próprio Deus diz: “invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Sl 50.15). Longe de ser incomodado pelo nosso choro por ajuda, Deus é honrado quando nos voltamos para ele com nosso fardo. Talvez o mais surpreendente de todos seja o refrão do Salmo 107 (repetido quatro vezes): “Então, na sua angústia, clamaram ao SENHOR, e ele os livrou das suas tribulações” (vv. 6, 13, 19 e 28). Essa não é apenas a história de Israel de novo e de novo, mas a nossa também.

Contemple Nosso Deus

Este é quem nosso Deus é desde o princípio. Esse é o Deus de Abraão e Isaque. E esse é quem Jacó, nos seus vários altos e baixos, esforços e lutas, descobriu que Deus é: “[O] Deus que me respondeu no dia da minha angústia” (Gn 35.3).

O Deus de Jacó não é como os falsos deuses das nações vizinhas. Ele não é como os deuses do lar do tio de Jacó, Labão (Gn 31.19; 34-35). E não é como os deuses canaanitas que os filhos de Jacó encontraram quando saquearam Siquém (Gn 34.29; 35.2). Outros “deuses” não respondem no dia da angústia. Eles simplesmente foram feitos pela imaginação e mãos humanas. Eles são brinquedos de bebês. Eles não respondem. Eles não agem.
A vida de Jacó foi uma sucessão de momentos de crise, e Deus provou que é fiel como o Deus que ouve e responde. Assim como Deus viu Lia na sua crise (Gn 29.31) e se lembrou de Raquel na dela (Gn 30.22), ele vê, ele ouve, ele se lembra, ele se importa. Ele é o Deus vivo que quer que nos voltemos para ele, lutemos com ele (Gn 32.22-28), e não apenas com nossas circunstâncias, em nosso momento de crise. Esse é o Deus de Jacó, e o Deus de Naum (Na 1.7), Obadias (Ob 12,14), Jeremias (Jr 16.19) e Ezequias (Is 37.3).

Como e Quando Perfeitos Dele

Na nossa finitude e natureza caída, pode parecer para nós, por vezes, que Deus está se escondendo nos momentos de crise (Sl 10.1). Mas se nos achegarmos a ele humildemente, não estimando o pecado no nosso coração (Sl 66.18; e também 1Pe 3.7), nós podemos esperar que “Deus me tem ouvido e me tem atendido a voz da oração” (Sl 66.19). Ainda assim, o fato de Deus ouvir não significa que ele sempre, ou até mesmo tipicamente, vai responder como e quando nós esperamos ou queremos.
Quando nós lembramos de Deus como aquele que nos responde nos momentos de crise, como ele fez com Jacó, os salmistas e os profetas, não assumimos que ele responde como responderíamos ou quando nós gostaríamos. Jacó, uma vez, passou vinte anos debaixo da tirania de Labão, e seu filho José passou treze anos indo cada vez mais baixo. Foi vendido como escravo, acusado falsamente, jogado na prisão e então esquecido, antes que Deus o levantasse. Nosso Deus trabalha no seu “tempo oportuno” (1Pe 5.6), no seu “tempo” (Gl 6.9).
Ele, de fato, vai nos ouvir e responder, mas geralmente de formas e num tempo que nós não antecipamos. Seus caminhos e pensamentos são maiores que os nossos (Is 55.8-9), e ele faz “mais do que tudo”, não menos, do que nós pedimos ou pensamos (Ef 3.20). Em Cristo, não assumimos que Deus não está nos vendo, ouvindo ou respondendo porque nossas vidas não estão se desdobrando de acordo com nossos planos. Longe de assumir que ele não está respondendo, queremos receber suas misericórdias severas enquanto ele continua a fazer sua surpreendente obra de desdobrar a história, e nossas vidas, não de acordo com as expectativas humanas, mas de acordo com seus planos e propósitos infinitamente majestosos, os quais nós vemos claramente no momento de crise do próprio Filho de Deus.

Sua Resposta Maior

“E, levando consigo a Pedro, Tiago e João, começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia” (Mc 14.33). Ali, naquele jardim de crise, Jesus tinha “oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade” (Hb 5.7). Deus ouviu seu Filho em seu momento de crise, mas ele não deixou o cálice passar. Ele não o livrou da morte. O fato de Deus ouvir e responder Jesus não significava salvação de passar pela cruz, mas salvação através da cruz.
Seu Pai “salvando-o da morte” poderia ter significado proteção da morte. Porém, seus caminhos são sempre mais altos. Ele fez muito mais abundantemente do que nós estamos propensos a pedir ou agir. O resgate que Deus deu ao seu Filho nesse momento não foi proteção da morte, mas graça que sustenta durante a morte. E então, ressurreição. E ao menos que Jesus volte primeiro, todos nós enfrentaremos a morte cedo o bastante, e a resposta de Deus para nós será a graça que sustenta durante a morte, e a ressurreição do outro lado.
Nosso Deus é muito real, muito grande e muito glorioso para trabalhar de acordo com as expectativas humanas e cronogramas convenientes. Ele nos ama demais para regularmente fazer o que nós queremos e quando nós queremos nos momentos de crise. Porém, ele sempre nos vê. Ele sempre nos ouve. E em Cristo, ele irá responder, não necessariamente quando e como nós queremos, mas com a resposta que nós precisamos, mesmo que possam ser dolorosas por agora, para nosso bem e glória definitivos.

David Mathis 


A TRAGÉDIA DE BRUMADINHO E DEUS






Nosso país ficou chocado com mais uma tragédia em Minas Gerais causada pelo rompimento de mais uma barragem, dessa feita em Brumadinho, a 65 kms de Belo Horizonte. O mar de lama causou a destruição de lares, a perda de centenas de vidas e representa mais um desastre ambiental em nosso país. Diante da catástrofe, muitas pessoas são levadas a meditar sobre a presença do mal, do sofrimento e da injustiça no mundo e como isso se harmoniza com a pregação cristã de que há um Deus onipotente e infinitamente bom. Qualquer tentativa de entender as tragédias, desastres, catástrofes e outros males que sobrevêm à humanidade, não pode deixar de levar em consideração três componentes da revelação bíblica, que são a realidade da queda moral e espiritual do homem, o caráter santo e justo de Deus e o sofrimento de Jesus Cristo por nós.
Lemos em Gênesis 1—3 que Deus criou o homem e a mulher e que os colocou no jardim do Éden, com o mandamento para que não comessem do fruto proibido. O texto relata como eles desobedeceram a Deus e decaíram assim do estado de inocência, retidão e pureza em que haviam sido criados. Essa “queda” afetou não somente a Adão e Eva, mas trouxe consequências terríveis a toda a sua descendência. A culpa deles foi imputada por Deus aos seus filhos, e a corrupção de sua natureza foi transmitida por geração ordinária a todos os seus descendentes. Ou seja, a humanidade inteira, sem exceção – visto que não há um único justo, um único que seja inocente e sem pecado – está sujeita ao justo castigo de Deus, o que inclui – atenção! – a morte, as misérias espirituais, temporais (onde se enquadram as tragédias, as calamidades, os desastres, as doenças, o sofrimento) e as misérias espirituais (que a Bíblia chama de morte eterna, inferno, lago de fogo, etc.).
A queda do homem impactou também toda a criação. Deus disse a Adão, “maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo” (Gn 3.17-19). As catástrofes, desastres, calamidades, tragédias, que sejam naturais ou fruto do erro humano, são o resultado de Deus ter amaldiçoado a terra por causa do pecado do homem. Deus permite estas misérias e castigos para despertar a raça humana, para provocar o arrependimento, para refrear o pecado do homem, para incutir-lhe temor de Deus, para desapegar o homem das coisas desta vida e levá-lo a refletir sobre as coisas vindouras.
Diante de desastres como Brumadinho devemos nos lembrar que eles ocorrem como parte das misérias e castigos temporais resultantes das nossas culpas, de nossos pecados, como raça pecadora que somos. Poderia ser eu que estava na região quando a barragem se rompeu e levou a todos. Ou, alguém muito melhor e mais reto diante de Deus. Ainda assim, Deus não teria cometido qualquer injustiça, ainda que os que morreram soterrados fossem os melhores homens e mulheres que já pisaram a face da terra. Pois mesmo estes são pecadores. Não existem inocentes diante de Deus. Pensemos nisto, antes de ficar indignado contra Deus diante do sofrimento humano.
Não nos esqueçamos, entretanto, que o Deus justo é também o Deus que sofre conosco. Deus Filho se tornou um de nós pela encarnação no ventre de Maria, e viveu uma vida de sofrimento e dor que terminou com sua morte na cruz. O sofrimento que ele carregou e suportou não era decorrente do pecado, pois nele não havia pecado, nem original nem seu próprio. Ele carregou nossa dor e experimentou nosso sofrimento para que pudéssemos ser justificados dos nossos pecados, perdoados, aceitos por Deus como seu filhos, para nos livrar do sofrimento eterno e recebermos a vida eterna. Deus sabe o que é sofrer. Por isto, podemos encontrar nele respostas e conforto na hora da dor.
Por último, preciso deixar claro três coisas. Primeira, que nada do que eu disse acima me impede de chorar com os que choram, e sofrer com os que sofrem. Somos membros da mesma raça, e quando um sofre, sofremos com ele. Segunda, nada do que foi dito acima me impede de pedir justiça e querer que os culpados pelo rompimento da barragem sejam responsabilizados. Terceira, é preciso reconhecer que a revelação bíblica é suficiente, mas não exaustiva. Não temos todas as respostas para todas as perguntas que se levantam quando um desastre destes acontece. Não sabemos os propósitos maiores e finais de Deus com aquela tragédia. Só a eternidade o revelará. Temos que conviver com a falta destas respostas neste lado da eternidade. Mas, é preferível isto a aceitar respostas que venham a negar o ensino claro da Bíblia sobre Deus, como por exemplo, especular que ele não existe, ou que, se existe, que ele não é soberano e nem onisciente e onipotente. Posso não saber os motivos específicos, mas consola-me saber que Deus é justo, bom e verdadeiro, e que todas as suas obras são perfeitas e retas, e que nele não há engano.

 A.N.L

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Nenhuma árvore dá fruto de uma hora para outra


o fruto é resultado de um processo. O mesmo acontece com os cristãos. Aqueles que não dão frutos o lavrador os tira. Quando termina o inverno e chega o tempo de plantar, o lavrador percorre a vinha levantando os ramos do solo, onde eles ficaram no inverno, e prendendo-os em estacas, para que eles sejam aquecidos pelo sol. O calor faz com que os ramos brotem. Além disso, ao tirar os ramos do solo, o lavrador evita que eles criem raízes na superfície, onde não há umidade suficiente para produzir nada além de uvas duras e azedas. Quando o ramo é levantado da terra suja, entretanto, ele é obrigado a procurar umidade nas raízes mais profundas da videira, produzindo assim frutos deliciosos. Quando há fruto na videira, o lavrador a deixa limpa de pragas e doenças.
A purificação de toda colheita espiritual é feita pela Palavra. O que Jesus diz aqui são as mesmas palavras ditas aos Seus discípulos no cenáculo para confortá-los (cap. 14). São palavras que fariam com que eles não fossem mais discípulos medíocres e covardes e se tornassem poderosos soldados de Cristo. Portanto, o lavrador levanta os ramos sem fruto e limpa aqueles que dão frutos, para que frutifiquem ainda mais. A questão principal aqui não é a união, mas a comunhão que produz frutos.



segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Ao plantar uma igreja

Ao plantar uma igreja considere sempre as oportunidades que Deus abre para colocar os olhos num grupo específico de pessoas que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda (Jonas 4.11), que estão presos nas superstições espirituais, e em conceitos alienados de Deus e que poderão ser alcançados por meio desta nova comunidade e pelo testemunho vibrante do Evangelho desta nova igreja que nasce no coração de Deus. Novas igrejas são mais eficientes no alcance dos perdidos. Considere isto ao desejar plantar uma nova igreja. Elas criam oportunidades para que os perdidos sejam alcançados, nutridos e enviados.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

DEVOCIONAL




Nenhum outro assunto que não seja gratidão deve dominar nossas atitudes neste final de ano. No final do ano passado, as projeções eram as mais assustadoras e nossos desafios eram mais arrojados. Deus nos deu um ano abençoador, como dizem os mineiros, “demais da conta sô!”.
      É impossível alistar neste espaço todos os motivos, alguns dos quais nem serão lembrados mais. Mas sabemos que são muitos, muitos, muitos. Lembrando o pensamento, “Deus é bom toda vida; toda vida, Deus é bom!”.
  Encorajo você a alistar 10 (dez) motivos de gratidão ao Senhor acontecidos neste ano que se encerra. Entregando no momento de entrega de nossas vidas no culto, todos serão levados à Sala de Oração da Igreja.
      Como cunhou o poeta na poesia “Meu tributo”, “Como agradecer pelo bem que tens feito a mim, que vem demonstrar quanto amor Tu tens ó Deus por mim?”.
      Estamos como “As vozes de milhões de anjos”, que “Não poderiam expressar a gratidão do meu pequeno ser, que só pertence a Ti”.
     Por isso, declaramos: “A Deus, seja a glória, a Deus, seja a glória, a Deus, seja a glória pelas bênçãos sem fim”.
     Nossa gratidão tem como motivação maior a obra realizada destacada pelo poeta: “Com Seu sangue salvou-me, seu poder restaurou-me”.
     Nossa atitude não deve ser outra: “Quero viver, aqui para adorar-Te, meu Senhor, e se surgir um louvor, ao calvário seja sim”.
 Por isso, não nos cansemos de declarar: “A Deus, seja a glória, a Deus, seja a glória, a Deus, seja a glória pelas bênçãos sem fim”. Obrigado, Senhor!
 N L

Pensamento
 Para crescermos na vida precisamos de velocidade, porém, as vezes temos dificuldade para ganhá-la, pois ela é adquirida quando abandonamos as bagagens do passado; e a maioria das vezes, devido esse peso fazer parte a tanto tempo de nossas vidas, acabamos achando que não conseguiremos viver sem ele. Mas Deus deseja tirar esse fardo, para que não seja preciso carregarmos outra vez, afinal de contas, esse passado pode nos impedir de alcançar tudo que Deus tem para dar; o Senhor é tão perfeito que não apaga de nós todas as lembranças do passado, porém ele faz com que pensamos nelas sem dor, pois ele cura de maneira completa, ou seja,lembrando do passado, sem dor, para que avancemos para o que está diante de nós, com alegria. Uma vez fora do passado, é importante que não fiquemos virando para trás, vendo se algo não está nos seguindo,pois a mulher de Ló olhou e ficou paralisada; isso porque, até mesmo as coisas boas do passado pode impedir que Deus faça algo novo em nosso presente.