DEVOÇÃO

sábado, 3 de abril de 2021

 

VERDADES E MITOS SOBRE A PÁSCOA

 

Nesta época do ano celebra-se a Páscoa em toda a cristandade, ocasião que só perde em popularidade para o Natal. Apesar disto, há muitas concepções errôneas e equivocadas sobre a data.

 

A Páscoa é uma festa judaica. Seu nome, “páscoa”, vem da palavra hebraica pessach que significa “passar por cima”, uma referência ao episódio da Décima Praga narrado no Antigo Testamento quando o anjo da morte “passou por cima” das casas dos judeus no Egito e não entrou em nenhuma delas para matar os primogênitos. A razão foi que os israelitas haviam sacrificado um cordeiro, por ordem de Moisés, e espargido o sangue dele nos umbrais e soleiras das portas. Ao ver o sangue, o anjo da morte “passou” aquela casa. Naquela mesma noite os judeus saíram livres do Egito, após mais de 400 anos de escravidão. Moisés então instituiu a festa da “páscoa” como memorial do evento. Nesta festa, que tornou-se a mais importante festa anual dos judeus, sacrificava-se um cordeiro que era comido com ervas amargas e pães sem fermento.

 

Jesus Cristo foi traído, preso e morto durante a celebração de uma delas em Jerusalém. Sua ressurreição ocorreu no domingo de manhã cedo, após o sábado pascoal. Como sua morte quase que certamente aconteceu na sexta-feira (há quem defenda a quarta-feira), a “sexta da paixão” entrou no calendário litúrgico cristão durante a idade média como dia santo.

 

Na quinta-feira à noite, antes de ser traído, enquanto Jesus, como todos os demais judeus, comia o cordeiro pascoal com seus discípulos em Jerusalém, determinou que os discípulos passassem a comer, não mais a páscoa, mas a comer pão e tomar vinho em memória dele. Estes elementos simbolizavam seu corpo e seu sangue que seriam dados pelos pecados de muitos – uma referência antecipada à sua morte na cruz.

 

Portanto, cristãos não celebram a páscoa, que é uma festa judaica. Para nós, era simbólica do sacrifício de Jesus, o cordeiro de Deus, cujo sangue impede que o anjo da morte nos destrua eternamente. Os cristãos comem pão e bebem vinho em memória de Cristo, e isto não somente nesta época do ano, mas durante o ano todo.

 

A Páscoa, também, não é dia santo para nós. Para os cristãos há apenas um dia que poderia ser chamado de santo – o domingo, pois foi num domingo que Jesus ressuscitou de entre os mortos. O foco dos eventos acontecidos com Jesus durante a semana da Páscoa em Jerusalém é sua ressurreição no domingo de manhã. Se ele não tivesse ressuscitado sua morte teria sido em vão. Seu resgate de entre os mortos comprova que Ele era o Filho de Deus e que sua morte tem poder para perdoar os pecados dos que nele creem.

 

Por fim, coelhos, ovos e outros apetrechos populares foram acrescentados ao evento da Páscoa pela crendice e superstição populares. Nada têm a ver com o significado da Páscoa judaica e nem da ceia do Senhor celebrada pelos cristãos.

 

Em termos práticos, os cristãos podem tomar as seguintes atitudes para com as celebrações da Páscoa tão populares em nosso país: (1) rejeitá-las completamente, por causa dos erros, equívocos, superstições e mercantilismo que contaminaram a ocasião; (2) aceitá-las normalmente como parte da cultura brasileira; (3) usar a ocasião para redimir o verdadeiro sentido da Páscoa.

 

Eu opto por esta última.




 


A Ressurreição de Cristo um Fato Incontestável

TEXTO . Mt 28.

INTRODUÇÃO

Todos sabemos que a ressurreição é a pedra fundamental da nossa fé. É sobre essa pedra que está construída a igreja. Jesus morreu e ressuscitou. Sem a ressurreição não estaríamos reunidos nesta  noite  como povo de Deus. Não haveria o culto e, consequentemente, não haveria a igreja. Não estaríamos cantando nem louvando a Deus neste domingo. A ressurreição de Jesus tornou-se o tema central de toda a pregação apostólica e de toda a igreja nesses mais de dois mil anos. A fé cristã e todo o trabalho da igreja neste mundo estão centralizados na vitória de Cristo sobre a morte (1 Co 15. 14).

O texto de Mateus, citado acima, apresenta a ressurreição do ponto de vista das primeiras testemunhas oculares desse glorioso fato. As mulheres, que receberam a Cristo como o seu Salvador e Messias, quando Ele ministrava na Galiléia, foram as primeiras testemunhas da ressurreição. Essas mulheres estavam ao pé da cruz por ocasião da crucificação. Elas viram o seu corpo ser colocado na sepultura, mas agora estão diante do túmulo vazio, no domingo pela manhã. Elas foram ao túmulo antes mesmo que o dia raiasse.

Muitos contestar  a ressureição de cristo, mas temos provas que a ressureição de cristo é um fato incontestável

A primeira tentativa de se negar a ressurreição de Cristo foi feita pelos próprios sacerdotes judeus. Justamente aqueles que deveriam se arrepender de seus erros, tentam, diante das evidências dos fatos, ocultar a verdade mediante suborno  Mt 28.11-15Quando alguns dos guardas se aproximaram dos sumos sacerdotes e contaram a história do sepulcro vazio, as autoridades judaicas se sentiram presas de uma preocupação desesperada. Era possível que todos os seus planos se converteram em cinzas? De maneira que formularam um plano muito simples: deram uma gorjeta aos membros da guarda para que dissessem que os discípulos de Jesus tinham chegado enquanto eles dormiam e tinham roubado o seu corpo.

É interessante prestar atenção aos meios que usaram as autoridades judaicas em seus desesperados intentos de eliminar a Jesus. Tinham usado a traição para prendê-lo. A ilegalidade para julgá-lo. A calúnia para acusá-lo diante de Pilatos. E agora recorriam ao suborno para fazer calar a verdade a respeito dEle. E fracassaram. Dizia o provérbio romano: grande é a verdade e prevalecerá. É uma realidade histórica que todas as maquinações dos homens não podem deter a verdade. O evangelho da bondade é maior que as estratagemas do mal.

. Entretanto, eles nada podiam fazer de eficaz contra a realidade do Senhor Jesus ressurreto.

Aqui não nos ocuparemos com as tentativas dos incrédulos em negar o fato da ressurreição; para nós, basta o que a Bíblia nos diz; todavia, apresentaremos alguns elementos bíblicos que manifestam com clareza a realidade da ressurreição de Cristo.

O TÚMULO VAZIO

Mateus registra que um anjo do Senhor removeu a pedra (de cerca de duas toneladas que fechara o sepulcro de Jesus (Mt 28.2-4); certamente isto não foi feito para que Jesus pudesse sair, visto que a matéria não servia de empecilho para o corpo glorificado do Senhor ressurreto todavia isto foi feito, segundo me parece, a fim de que primeiramente Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José pudessem constatar com os seus próprios olhos o túmulo vazio (Lc 24.1-3) e, posteriormente, também o fizessem João e Pedro (Jo 20.1-10). O túmulo continuou vazio como evidência concreta da ausência do corpo de Jesus. Todavia, o túmulo vazio pode ser explicado de três formas: 1) Os discípulos de Jesus levaram o corpo; 2) Os inimigos de Jesus levaram o corpo; ou 3) ele realmente ressuscitou.

Analisemos rapidamente as possibilidades: Quanto à primeira, podemos observar que não aconteceu, pois eles ficaram desanimados e desesperados com a morte de Jesus, não esperando ressurreição alguma (Cf. Lc 24.17-21;36,37); e, mesmo que eles tentassem raptar o corpo de Jesus, isto seria impossível visto que havia uma escolta de sobreaviso guardando o túmulo (Cf. Mt 27.62-66). O mesmo é válido para a possibilidade dos inimigos de Jesus tentarem roubar o seu corpo; e, também, por que eles fariam isso? Para dar uma pista errada aos crédulos? Ora, se fosse assim, e o rapto tivesse ocorrido, quando os discípulos começassem a proclamar a ressurreição de Cristo, eles viriam a público apresentando o corpo morto de Cristo ou alguma evidência irrefutável, silenciando definitivamente a pregação apostólica e pondo fim à Igreja de Cristo; entretanto eles silenciaram; tentaram pela força fazê-los calar, visto que não tinham como argumentar contra a evidência do túmulo vazio. Então Jesus realmente ressuscitou!

AS APARIÇÕES DE JESUS

O Senhor ressurreto apareceu durante quarenta dias (At 1.3) a várias pessoas em cerca de 13 ocasiões diferentes, dando prova evidente da sua ressurreição. Paulo faz um sumário das aparições de Jesus ressurreto (1Co 15.3-8).

A TRANSFORMAÇÃO DOS DISCÍPULOS

Apesar de sua a priori autoconfiança ingênua, os discípulos, diante da prisão de Jesus, fogem deixando-o em mãos de seus algozes Após a sua crucificação, estão atemorizados, às portas trancadas (Jo 20.19,); agora, após a confirmação da ressurreição de Cristo, Pedro – que antes negou a Cristo três vezes –, juntamente com João, dá testemunho corajoso diante das autoridades judaicas (At 4.13,18-20; 5.29). Esta transformação só pode ser explicada pela certeza da presença confortadora do Cristo vivo entre eles Os apóstolos jamais extrairiam esta coragem de uma mentira por eles inventada; esta ousadia era fruto do Espírito de Cristo que neles habitava (2Tm 1.7).

A PREGAÇÃO APOSTÓLICA

A certeza e o significado da ressurreição de Cristo estavam tão nítidos na mente e nos corações dos discípulos, que todos os seus sermões tinham como clímax histórico, a ressurreição. A mensagem apostólica apontava para a vitória de Deus sobre o pecado e a morte, por meio da ressurreição de Cristo. A pregação apostólica se baseava nas Palavras e nos atos salvadores de Deus na História; e, a ressurreição foi um fato histórico (Ver: At 1.22; 2.24; 3.15; 4.10,33. 5.30; 10.39-41; 17.2,3,17,18; 26.23; 1Co 15.12).

Como temos enfatizado, Paulo em Atenas, a Jesus e a ressurreição” A ressurreição era a tônica de toda mensagem apostólica; sem a ressurreição de Cristo não haveria pregação, nem fé, nem esperança. No livro de Atos, não encontramos nenhum sermão em que a ressurreição não fizesse parte da proclamação (At 8.5; Rm 10.8-10; 1Co 15.1,3,4,12; 2Tm 2.8). Mesmo que muitos estudiosos céticos não creiam na ressurreição de Cristo, têm de admitir: os discípulos criam e a proclamavam.

A CONVERSÃO DE MUITÍSSIMOS SACERDOTES

Humanamente falando, os sacerdotes judeus para aceitarem a pregação de Jesus como o Cristo, precisavam estar certos da realidade da sua ressurreição, já que tudo parecia ser o oposto (por exemplo: A crença predominante de um Messias militar, o boato forjado pelos principais sacerdotes de que os discípulos de Jesus roubaram o seu corpo, etc.). Entretanto, o Deus que age mediante a verdade, agiu em suas mentes e corações por meio da realidade da ressurreição histórica de Cristo (Cf. At 6.7).

A CONVERSÃO DE SAULO

Saulo teve a sua vida transformada pelo confronto com o Cristo ressurreto. Saulo, o perseguidor, agora é Paulo o perseguido, disposto a dar a sua vida – como de fato deu –, por amor ao Cristo vivo (Vejam-se: At 20.22-24; 21.13; 2Tm 4.6-8). Paulo transforma-se no pregador efetivo do Cristo ressurreto, o qual lhe aparecera no caminho de Damasco e, era uma realidade viva em sua existência (At 22.6-10; 26.8-18). Vinte anos depois do seu encontro com Senhor vivo, Paulo se inclui entre aqueles que viram o Senhor ressurreto, dizendo: “E, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo” (1Co 15.8).

OUTRAS EVIDÊNCIAS

1) A Existência da Igreja

A Igreja Cristã só pode ser explicada e compreendida à luz da ressurreição de Cristo, porque se Cristo não ressuscitou é vã a nossa fé (1Co 15.14,17 Foi a crença em um evento acontecido no tempo e no espaço: Jesus de Nazaré ressuscitou dentre os mortos. Fé na ressurreição de Jesus é um fato histórico inevitável. Sem essa evidência não haveria igreja

2) A Crença na Divindade de Cristo

Um dos elementos que atestam a divindade de Cristo é o cumprimento das suas promessas. Se Cristo não tivesse ressuscitado, os discípulos jamais aceitariam a sua divindade, pois, assim, Cristo teria sido o motivo de suas

3) A Existência do Novo Testamento

Se Cristo não tivesse ressuscitado, não haveria história a ser contada visto que o Novo Testamento é a narrativa do cumprimento das promessas de Deus em Jesus Cristo nosso Senhor (1Co 15.1-5).

Estas são apenas algumas evidências que a Bíblia apresenta da ressurreição de Cristo. A ressurreição para nós é um fato que encontra o seu apoio no registro infalível da Palavra de Deus e, isto nos basta; por isso, a nossa confissão é como a de Paulo: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos….” (1Co 15.20).