DEVOÇÃO

terça-feira, 5 de agosto de 2014



Pai instrua teus filhos  ao hábito da Orar.
A oração é o verdadeiro fôlego de vida da verdadeira religião. É uma das primeiras evidências de que uma pessoa é nascida de novo. Pois como disse o Senhor de Saulo, no dia em que envio
u Ananias até ele: “Pois ele está orando.” (Atos 9:11) Ele havia começado a orar e isto já era prova suficiente da obra que o Espírito começou a realizar em seu coração.
A oração era a marca distintiva do povo do Senhor no dia em que começou a haver separação entre eles e o mundo: “daí se começou a invocar o nome do Senhor” (Gên. 4:26).
A oração é a peculiaridade de todos os verdadeiros cristãos agora. Eles oram, pois eles contam a Deus as suas necessidades, os seus sentimentos, os seus desejos, os seus medos, e o fazem com sinceridade. O cristão nominal pode repetir orações, e até mesmo boas orações, mas ele não passa daí.
A oração é o ponto de virada na alma do homem. O nosso ministério não terá proveito algum, e todo o nosso labor será em vão até que você seja trazido aos seus joelhos. Até que isso aconteça, não podemos ter esperança alguma em você.

A oração é o grande segredo da prosperidade espiritual. Quando há muita comunhão privada com Deus, a sua alma cresce como a grama após a chuva; quando há pouca comunhão, tudo fica estancado e você mal pode manter a sua alma com vida. Mostre-me um cristão crescendo na fé, um cristão seguindo avante, um cristão forte e florescendo na fé, e com toda a certeza, ele será alguém que fala constantemente com o seu Senhor. Ele pede muito, e assim tem muito. Ele conta tudo a Jesus, e por isso ele sempre sabe como agir.
A oração é a ferramenta mais poderosa que Deus tem colocado em nossas mãos. Ela é a melhor arma a ser utilizada em qualquer dificuldade, e o remédio mais certo para qualquer problema. Ela é a chave para abrir o tesouro das promessas, e a mão que se estende para receber graça e ajuda no tempo da necessidade. Ela é a trombeta de prata que Deus nos ordena a tocar em toda a nossa necessidade, e ela é o pranto que Ele prometeu sempre atender, assim como uma amorosa mãe atende à voz do seu filho.
A oração é o meio mais simples que o homem pode fazer uso para se achegar a Deus. Ela está ao alcance de todos – do doente, do idoso, do enfermo, do paralítico, do cego, do pobre, do homem de pouco entendimento – todos podem orar. De nada lhe adiantará clamar falta de memória, ou falta de conhecimento, ou falta de livros, ou falta de escolaridade nesta questão. Desde que você tenha uma língua para falar do estado da sua alma, você pode e deve orar. As seguintes palavras: “nada tens, porque não o pedistes” (Tiago 4:2), serão uma temerosa condenação para muitos no dia do julgamento.
Pais, se vocês amam aos seus filhos, faça tudo que está ao seu poder para treiná-los ao hábito da oração. Mostre a eles como começar a orar. Diga a eles o que dizer. Encoraje-os a perseverar. Lembre-os de que precisam orar, quando eles se tornarem negligentes e descuidados nesta questão. Que não seja culpa sua, em qualquer grau, se eles nunca chamarem pelo nome do Senhor.
Lembre-se, este é o primeiro passo da religião que uma criança é capaz de tomar. Muito antes de ela poder começar a ler, você pode ensiná-la a se ajoelhar ao seu lado e a repetir simples palavras de oração e de louvor que você coloca em sua boca. E como os primeiros passos em qualquer tarefa são sempre os mais importantes, assim também a maneira como os seus filhos oram deve ser um ponto que merece a sua maior atenção.
Poucos parecem entender o quanto depende disso. Você deve ter cuidado para que eles não venham a repetir as suas orações de um modo apressado, descuidado ou irreverente. Você não deve delegar a vigilância quanto a isso a servos ou babás, ou confiar demais que os seus filhos irão orar quando deixados por si próprios. Eu não posso louvar uma mãe que nunca toma para si mesma a supervisão sobre o aspecto mais importante da vida diária de seus filhos. Certamente, se há algum hábito que a sua própria mão e os seus próprios olhos devem ajudar a formar, este hábito é o da oração.
Acredite em mim, se você mesma nunca ouvir os seus filhos orarem, você se encontra em grande culpa. Você é pouco mais sábia do que o pássaro descrito em Jó: “Ele deixa os seus ovos na terra, e os aquenta no pó, e se esquece de que algum pé os pode esmagar ou de que podem pisá-los os animais do campo. Trata com dureza os seus filhos, como se não fossem seus; embora seja em vão o seu trabalho, ele está tranquilo…” (Jó 39:14-16).
A oração é, dentre todos os hábitos, aquele do qual nós nos recordamos por mais tempo. Muitos homens, já em suas cãs, poderão lhe contar como a sua mãe costumava fazê-lo orar nos dias da sua infância. Muitas outras coisas talvez tenham se esvaziado da sua memória: a igreja para a qual ele era levado ao culto, o ministro que ele ouviu pregar, os companheiros com os quais costumava brincar – tudo isso talvez possa ter saído da sua memória sem deixar marca alguma. Mas você frequentemente verá que isso não acontece com as suas primeiras orações. Muitas vezes, ele poderá lhe dizer onde se ajoelhava, e o que era ensinado a dizer, e até mesmo como a sua mãe lhe parecia durante todo o tempo. Tais coisas ressurgirão com tanto frescor diante da sua mente como se tivessem ocorrido ontem.
Leitor, se você ama os seus filhos, eu o admoesto, não deixe que o momento de semear o hábito da oração passe sem que você tome proveito dele. Se você treinar os seus filhos a qualquer coisa, treine-os pelo menos ao hábito da oração.

Pai instrua teus filhos  ao hábito da fé.
O que eu quero dizer com isso é que você deve treinar os seus filhos a acreditarem no que você diz.
Você deve tentar fazer com que eles confiem nos seus julgamentos, e respeitem as suas opiniões como melhores do que as suas próprias. Você deve acostumá-los a pensarem assim; quando você diz que algo é ruim para eles, eles podem ter certeza de que aquilo é ruim; e quando você diz que algo é bom a eles, eles podem ter certeza de que é bom. Que eles possam confiar no seu conhecimento como sendo, em suma, melhor do que o deles mesmos, e que eles possam crer e se basear sempre na sua palavra. Treine-os a sentir que aquilo que eles ainda não sabem agora, eles provavelmente saberão um dia, e que eles fiquem satisfeitos sabendo que há uma razão e um motivo para tudo o que você requer deles.
Quem pode descrever a bem-aventurança de se possuir um verdadeiro espírito de fé? Ou mais ainda, quem pode falar sobre a miséria que a falta de fé tem trazido ao mundo? A incredulidade fez com que Eva comesse do fruto proibido – ela duvidou da veracidade da palavra de Deus: “certamente morrerás”. A incredulidade fez com que o mundo antigo rejeitasse os avisos de Noé, de modo que pereceu em pecado. A Incredulidade manteve o povo de Israel no deserto – ela foi a grade que lhes barrou a entrada na terra prometida. A incredulidade fez com que os Judeus crucificassem o Senhor da Glória – eles não creram na voz de Moisés e dos profetas, embora eles as lesses todos os dias. E a incredulidade é o pecado predominante no coração humano até agora: a falta de fé nas promessas de Deus; falta de fé nas ameaças de Deus; falta de fé na nossa própria pecaminosidade; falta de fé no perigo que corremos; falta de fé em tudo o que vai de encontro ao orgulho e ao mundanismo dos nossos próprios corações. Leitor, você estará treinando os seus filhos sem propósito algum se você não os treinar a um hábito de fé implícita: fé na palavra dos seus pais e confiança de que o que os seus pais dizem deve estar correto.
Eu tenho ouvido alguns dizerem que você não deve requerer das crianças algo que eles não conseguem compreender, que você deve explicar e dar uma razão a tudo o que você quiser que elas façam. Eu os admoesto solenemente contra esta noção. Eu lhes digo claramente: este princípio é mau e não é sadio. É claro que seria um absurdo você deixar como mistério tudo o que você faz, e há muitas coisas que devem sim ser explicadas às crianças, de modo que elas possam entender aquilo que é razoável e sábio. Mas criá-las com a noção de que elas não precisam confiar em nada e de que elas, com os seus entendimentos fracos e imperfeitos, devem ser esclarecidas sobre o “porque” e o “portanto” de todas as coisas, a cada passo que tomarem, este é realmente um temeroso erro, e bem provavelmente terá o pior dos efeitos em suas mentes.
Argumente com o seu filho se você estiver disposto a fazê-lo, em certos momentos, mas não esqueça de manter na mente do seu filho (se você de fato o ama) que ele é apenas uma criança no final das contas: ele pensa como uma criança, ele age como uma criança, e portanto ele não deve esperar conhecer o motivo de todas as coisas de uma só vez.
Coloque diante dele o exemplo de Isaque, no dia em que Abraão o levou para ser oferecido no Monte Moriá (Gen. 22). Ele perguntou ao seu pai aquela única questão: “onde está o cordeiro para o sacrifício?”, e ele recebeu apenas a simples resposta: “Deus proverá a Si mesmo um cordeiro”. Como, ou onde, ou quando, ou de que maneira: nada disso foi dito a Isaque, mas aquela resposta foi suficiente. Ele creu que tudo ficaria bem porque o seu pai assim lhe dissera, e ele se contentou.
Diga aos seus filhos, também, que todos nós devemos ir aprendendo aos poucos; que há um alfabeto a ser memorizado em cada tipo de conhecimento – que até mesmo o melhor cavalo do mundo teve de ser domado um dia – e que chegará o dia em que eles enxergarão a sabedoria de todo o seu treinamento. Mas enquanto isso, se você disser que algo é correto, isso deve ser suficiente para eles; eles devem crer em você e se contentar com isso.
Pais, se qualquer ponto sobre o treinamento dos seus filhos deve ser considerado importante, tenha certeza de que este é um deles. Eu os admoesto, em nome da afeição que você tem para com os seus filhos: use todos os meios possíveis para treiná-los ao hábito da fé.

Criando filhos que
 o mundo odiará
Por Adam Griffin

Quando eu era garoto, meu pai me perguntava: “O que você quer ser quando crescer?” E eu respondia com franqueza (adoravelmente, sem dúvidas), “um papai”. Quando meu implacável e realista pai me informou que ninguém me pagaria para ser pai, eu lhe disse que ficaria feliz se pagassem a mim.

Em 2011, meu sonho de me tornar pai tornou-se realidade quando meu filho, Oscar, nasceu. Desde este dia, minhas esperanças e sonhos se voltaram para o que o Oscar será quando crescer. É claro que eu gosto de imaginar ele crescendo bonito, talentoso, piedoso e amável, mas não tem como saber isso aindaMuitas vezes, eu sonho com o grande homem que ele pode ser e quão amável ele será para os outros. Eu sonho que técnicos, professores e pastores irão aprová-lo e até mesmo se impressionar com ele. Imagino seus colegas tendo alta consideração por ele, querendo estar perto dele o tempo todo. Eu imagino que a geração que o segue irá admirá-lo. Eu amo a ideia de que, enquanto ele se torna um homem, ele alcançará favor em tudo e com qualquer pessoa que ele entrar em contato. Alguns desses desejos são saudáveis, e alguns são orgulhosos.

Eu tenho um forte, e certamente não-incomun, desejo de que meu filho seja validado pelo amor das outras pessoas. Muitos pais querem que seus filhos ou filhas sejam pessoas amadas, mas este desejo não é o que faz João 15.19 tão transformador e importante quando confronta a maneira como preparamos nossos filhos para o futuro. Cristo diz a seus discípulos: “Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia”. E não é apenas em João 15.19. Há muitos textos nas Escrituras que descrevem a relação conflituosa que os seguidores de Deus terão com aqueles que não são crentes.

Lendo isto, percebi que se Deus responder minhas orações para que meu filho se torne um seguidor de Cristo, as pessoas irão odiá-lo. Sem dúvida, as pessoas serão absolutamente repelidas por meu filho.
          Se Deus graciosamente salvar meu Oscar, pessoas irão chamá-lo de fanático e homofóbico. Alguns irão ridicularizá-lo como um machista da mesma forma que eles desprezam suas crenças “sexistas”. Ele será desprezado como um “mente fechada” por dizer que Jesus Cristo não é apenas Deus, mas o único Deus. Ele provavelmente vai conhecer uma garota que o insulta por sua masculinidade ou por considerá-lo antiquado por esperar um casamento sem ter tido sexo. Seus colegas irão achar que ele é um puritano. Valentões irão chamá-lo de covarde. Sua integridade atrairá insultos como “caxias” (eu não sei o que isso significa).
Os professores acharão que meu filho ignora os fatos científicos sobre nossas origens, incitando seus colegas de classe a acharem ele um idiota. Pessoas vão dizer que ele foi desviado por seus pais a um caminho ultrapassado de moralidade mascarado por um relacionamento com Deus. Consultores financeiros irão achar que ele é irresponsavelmente generoso. Quando ele tomar uma decisão, haverá aqueles que não tolerarão sua intolerância. Ele será julgado como julgador. Ele terá inimigos e eu pedirei que ele os ame, e mesmo por isso ele parecerá um tolo.

Se você é como eu e espera que seus filhos sejam seguidores devotos e completos de Cristo, então precisamos criar uma geração que está preparada para ser distintivamente diferente de seus colegas. Em muitas formas, isto é o oposto da minha inclinação natural de como criar meu filho. Criar filhos que estão prontos para serem odiados significa criar crianças que não têm vergonha de seu amor por Deus mesmo em meio ao ódio e à alienação. Independente dos insultos serem legítimos ou ingênuos, oro para que nossos filhos estejam prontos para manterem-se firmes em meio a um mundo que os odeia.

Traduzido por André Carvalho – Extraído do site Reforma21.org 



PAI “INSTRUI OS FILHOS 
A OBEDIÊNCIA”


Este é um objeto digno de todo o nosso labor. Hábito algum, eu suspeito, tem maior influência em nossas vidas do que este. Pais, sejam determinados em fazer com que os seus filhos lhes obedeçam, ainda que isso lhe custe o maior dos problemas, e cause a eles muitas lágrimas. Que não venha a haver nenhum questionamento, ou discussão, ou disputa, ou demora, ou constantes repetições. Quando você lhes dá uma ordem, deixe-os perceber claramente que você fará com que ela seja cumprida.
A obediência é a única realidade. Ela é a fé visível, a fé em ação, e a fé encarnada. Ela é o teste de verdadeiro discipulado entre o povo do Senhor: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando” (João 15:14). Esta deve ser a marca de filhos bem treinados, que eles fazem aquilo que os seus pais ordenam. Onde, de fato, está a honra que o quinto mandamento ordena, se os pais e mães não são obedecidos alegremente, sinceramente e sem demora?
Esta obediência desde cedo tem toda a Escritura ao seu lado. Ela está presente na honra conferida a Abraão: não somente ele treinará a sua família, mas “ele ordenará a seus filhos e a sua casa depois dele” (Gen. 18:19). E nos é dito sobre o próprio Senhor Jesus Cristo que, quando jovem, “ele lhes era submisso” [a Maria e José] (Lucas 2:51).
Observe o quão implicitamente José obedeceu à ordem do seu pai Jacó (Gen. 37:13). Veja como Isaías diz que será algo tão terrível quando “o menino se atreverá contra o ancião…” (Isa. 3:5). Note como o apóstolo Paulo aponta para a desobediência aos pais como um dos maus sinais dos últimos tempos (2 Tim. 3:2). Veja como ele destaca a graça de requerer a obediência dos seus filhos como sendo uma das marcas que deve adornar um ministro cristão: “que governe bem a sua própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito”. E novamente: “que o diácono… governe bem os seus filhos e a própria casa” (1 Tim. 3:4,12). E ainda, ele diz que o presbítero deve ter: “filhos crentes, que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados” (Tito 1: 6).
Pais, vocês desejam ver os seus filhos felizes? Cuide, então, para que você os treine a obedecerem quando uma ordem lhes é dada, a fazerem o que é requerido deles. Creia em mim, nós não fomos criados para sermos totalmente independentes – nós não somos capazes disso. Até mesmo aqueles que possuem liberdade em Cristo ainda usam um jugo: eles servem ao Senhor Jesus Cristo (Col. 3:24). Nunca será cedo demais para as crianças aprenderem que, neste mundo, nem todos são destinados a governar, e que nós nunca estaremos em nosso correto lugar até que aprendamos a como obedecer aos nossos superiores. Ensine-os a obedecer enquanto são jovens, ou eles se irritarão contra Deus por toda a sua vida, e se desgastarão com a vã ideia de serem independentes do Seu controle.
Leitor, este conselho não poderia ser mais necessário. Você verá muitos pais, em nossos dias, permitindo que os seus filhos pensem e escolham por si mesmos muito antes de serem capazes de fazê-lo, de modo que até arranjam desculpas para a desobediência deles, como se eles não fossem culpados disso. Aos meus olhos, um pai que sempre cede, e uma criança que sempre tem tudo do seu próprio jeito é uma cena muito dolorosa – dolorosa, pois eu vejo a ordem de Deus para as coisas sendo invertida e virada de cabeça para baixo; e dolorosa, porque eu tenho certeza de que a consequência para o caráter daquela criança, no final, será a vontade própria, o orgulho e a arrogância. Você não deve estranhar que os homens recusem a obedecer ao seu Pai celestial, se você os permite, enquanto são crianças, que desobedeçam ao seu pai terreno.
Pais, se você ama aos seus filhos, faça com que a obediência seja a palavra-chave e o lema contínuo diante dos seus olhos.

__________
** John Charles Ryle, *** Tradução:  Anna Layse Anglada Davis

BLOG MULHERES PIEDOSAS 
Pai como instruir os 
seus filhos sobre o sermão
POR JOE HOLLAND 

Eles se sentam ao seu lado e seus pés nem tocam o chão. Você está pensando “o que será, se é que há algo, desse sermão que está entrando na cabeça do meu filho?”. E ao pensar nisso você já decidiu que não vai abordar o assunto do sermão mais tarde. Mas não precisa ser assim.
Deixe-me apresentar a você a regra mais importante a respeito de conversar com seus filhos sobre o sermão: eles retém mais do que você imagina. A segunda regra mais importante é essa: eles entendem mais do que você pensa.
Leve a sério essas duas verdades e tome a decisão, como pai, de conversar com seus filhos sobre os sermões que vocês escutam. Estou escrevendo isso tanto como pregador quanto como pai de quatro garotos com menos de 11 anos. Eu falhei, sucedi e falhei de novo ao falar com meus filhos sobre Jesus. E ainda é um trabalho árduo, conforme eles crescem. Mas é um bom trabalho.
O centro do evangelho é Jesus nos conduzindo ao seu Pai amoroso. Na adoração, podemos fazer uma condução semelhante – podemos levar nossos filhos a Jesus. Não perca essa oportunidade.
1. Lembre-se do tema geral. Não importa se você faz anotações por escrito. Lembre-se do tema mais amplo que está sendo ensinado. Se seu pastor prega por 40 minutos, então tente fazer uma nota mental do que você conseguiu entender até os 20 primeiros. Não se sinta desencorajado se você não memorizar cada ponto; guarde tantos quantos você consiga.
2. Entenda o ponto principal. Cada passagem e cada sermão – não importa o que o seu pastor diga – tem um ponto principal. Agarre-o quando ele passar e não o deixe fugir. E, como palavra de precaução, todo pregador tem um dia ruim. Às vezes a estrutura do sermão parece um exemplar de arte abstrata. Se for o caso, faça o melhor que puder. Mas não deixe o pregador orar para encerrar sem ter em sua mente um ponto principal.
3. Como Jesus é o herói? Agora que você tem um resumo e um ponto principal, certifique-se de que você também tem Jesus. Como Jesus foi o herói do sermão? Crianças são egoístas incorrigíveis – assim como a maioria dos adultos. Certifique-se de que você tem um monte de coisas para falar sobre Jesus, não importa de qual livro da Bíblia o sermão veio, ou para onde o pregador levou o texto. Sem uma ênfase em Jesus, os pequenos santos da sua casa crescerão pensando que a Bíblia só fala a respeito deles mesmos.
4. Aborde seus filhos com perguntas abertas. Até aqui você já sabe o resumo e consegue se ater ao ponto principal. Você sabe também que vai falar muito sobre Jesus. Agora aborde seus filhos com qualquer tipo de pergunta que você possa imaginar… exceto as que podem ser respondidas com “sim” ou “não”. Alguns exemplos:
§  Questões “de dentro da história”: “O que você pensaria se fosse um soldado israelita e visse o grande Golias caminhando em direção ao pequeno Davi?”
§  Questões emotivas: “Se você fosse cego, como se sentiria se Jesus pusesse as mãos em seus olhos e os consertasse para que você pudesse enxergar?”
§  Questões direcionadas: “O jovem rico estava errado porque achava que poderia ganhar o favor de Deus. Por que é bobagem pensar que podemos conquistar o favor de Deus ao fazermos coisas boas?”
§  Questões de ação: “O que você faria se Jesus transformasse um furacão em uma brisa leve bem na sua frente?”
§  Questões de aplicação: “Se Jesus te perdoou, você acha que poderia perdoar o Joãozinho quando ele joga um carrinho na sua cabeça?”
§  Questões de imaginação: Você conhece seus filhos melhor que eu. Invente algumas perguntas.
5. Certifique-se de que o evangelho está claro. Jesus morreu por pecadores. Isso é muito simples e pode ficar muito complexo. Mas não importa qual for a passagem, não se atreva a ensinar moralismo aos seus filhos. Diga a eles que Jesus já fez tudo que foi necessário para que eles possam saber que Deus se regozija neles. Quando você disser a eles para fazerem algo, sentirem algo ou pensarem algo, mostre como essas coisas são motivadas pelo amor de Deus, não por medo, culpa ou orgulho.
6. Seja o primeiro a orar e confessar. Conversar com seus filhos sobre o sermão diz respeito tanto quanto a deixar que eles vejam o que você aprendeu quanto é ensiná-los sobre o que eles ouviram. Se o pregador está ajudando a congregação a diagnosticar um pecado, mostre a suas crianças o quanto isso te afetou. Você poderia dizer “Vocês sabem, às vezes o papai luta para não ficar com raiva, e é aí que eu percebo que preciso de Jesus”. E quando for a hora de orar, deixe que eles orem depois de você. Seja um modelo de como um cristão fala com Deus.
7. Percorra o caminho de migalhas. Seus filhos irão te mostrar o caminho. Vá com eles. Você descobrirá uma infinidade sobre o que eles pensam. E você pode acabar aproveitando a jornada inesperada por esse caminho.
8. Lembre-se das primeiras duas regras. Você pode ter cumprido todas as 7 dicas anteriores e ainda sentir como se fosse uma grande perda de tempo; como se nada tivesse entrado nas cabeças deles. É nesse ponto que você precisa se lembrar das duas primeiras regras:
§  Eles retém mais do que você imagina.
§  Eles entendem mais do que você pensa.
E eu te prometo isso: eles irão se lembrar desses momentos com você. Eles irão se esquecer de um monte de coisas, mas não irão esquecer das tardes de Domingo com o papai e a mamãe conversando sobre Jesus.
Outros artigos em
batistabiblicabarretos.blogspot.com

Ensinando as  Crianças a 
temer o Senhor  na Adoração 

POR PAUL E JUDI 

Adoração é muito importante – na verdade, é a coisa mais importante que fazemos.  “O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre”. Deus nos criou para adorá-lo, e adorar a Deus é nossa tarefa mais importante – nosso fim principal.

Embora num sentido geral devamos adorar a Deus em tudo o que fazemos, é no Dia do Senhor que nos reunimos para a adoração formal. Neste dia, a igreja reúne-se como o corpo de Cristo para vir em sua presença e oferecer-lhe o culto que lhe é devido.

O relacionamento de Deus com o homem é pactual. Em particular, a aliança que temos com Deus não é só para nós, mas, como Deus ensinou , também é para nossos filhos. Portanto,é nosso dever  ensinamos nossos filhos a adorá-lo, mesmo na idade mais jovem. 

Quando ensinamos nossos filhos a adorar conosco, estamos lhes ensinando e preparando para a tarefa mais importante de suas vidas – e da eternidade.

Em geral, as igrejas norte-americanas sofrem de uma baixa consideração pelo culto público. Um indicativo disso são as “saídas fáceis” que usamos para manter nossos filhos felizes durante o culto, como o berçário, o culto infantil e mesmo atividades para adolescentes. O berçário pode ser útil, mas normalmente é mais utilizado do que deveria. O culto infantil é completamente desnecessário. E marcar as reuniões da mocidade durante os cultos de domingo ensina nossos jovens que o culto é apenas uma opção extra.

Deus está presente na adoração pública de uma maneira especial. Jesus nos diz em Mateus 18.20: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. Quando mantemos nossos filhos na igreja, estamos trazendo-os à presença de Cristo de uma maneira singular.

O culto enfoca aquilo que entregamos. Portanto, quando mantemos nossas crianças na igreja, podemos ensiná-las a adorar, a despeito do que (achamos) elas possam “tirar disso”.

O Deus que é suficiente para chamar nossos corações para adorá-lo também é suficiente para chamar os corações dos nossos filhos a adorá-lo. Não nos cabe convencê-los ou suborná-los para estarem no culto, mas discipliná-los para sentar-se em silêncio e ensiná-los pelo exemplo como adorar nosso Criador e Redentor.

Guardar essas convicções, contudo, nem sempre é suficiente para atingir o objetivo de ter os filhos quietamente sentados na igreja. Nós mantivemos facilmente nosso primeiro filho na igreja  até ele ter quase sete meses e começar a falar e se mexer. Finalmente recorremos ao berçário da igreja. Poucos meses depois, uma família com sete filhos visitou nossa igreja. Ficamos maravilhados de vê-los todos, até o que tinha um ano e meio, sentados quietamente e mesmo durante todo o sermão de cinquenta minutos. A partir deles, aprendemos a estabelecer nossas expectativas para nossos filhos e tomar a iniciativa em ensiná-los a sentar-se quieta e atentamente.

Após já termos ensinado nosso terceiro filho a ficar calmo e quieto na igreja, tivemos tempo para praticar os princípios de estabelecer nossas expectativas e tomar a iniciativa com nossos filhos. Mesmo aos oito meses, nosso terceiro filho rapidamente entendeu que um tapinha na perna significava que ele precisava ficar quieto. (Nosso segundo filho, que é muito enérgico, precisou de muito mais tempo para aprender a ficar calmo. Mas quando finalmente restringimos alguns limites que estávamos negligenciando em casa, ele fez grande progresso).

A despeito de você escolher ensinar seu filho a ficar quieto na igreja, normalmente aos dois anos, as crianças em desenvolvimento são totalmente capazes de sentar-se quietamente no culto. (Aprendemos que a tarefa é mais fácil se realizada antes da criança aprender a preferir o berçário).

Espere retirar seu filho e dar-lhe palmadas, pelo menos algumas vezes, enquanto ele aprende a ficar quieto. (Em nossa experiência, tem sido mais que “algumas vezes”). É importante que as crianças aprendam a ser reverentes em relação a Deus e, na medida do possível, não se tornem distrações para os outros. Elas estão na igreja para aprender a adorar e participar do chamado mais elevado de suas vidas.

Certamente, há aspectos negativos em disciplinar os filhos a sentarem-se quietamente na igreja: não fale, não se mexa, não ande por aí. Entretanto, há também o aspecto positivo de disciplinar nossos filhos. Não basta ter crianças calmas e quietas na igreja se elas não estão aprendendo também a participar e deleitar-se mais e mais na adoração de seu Redentor.

Ensine hinos a seus filhos (especialmente os que são cantados com mais frequência), a Oração do Senhor, e a doxologia, de maneira que mesmo antes de aprenderem a ler, eles possam participar dessas coisas. Crianças também amam ouvir o pastor citar os versos que elas memorizaram. Se puder, descubra o texto do sermão do pastor e leiam juntos antes do culto. Também pode ser útil permitir que seus filhos tomem notas (na forma de figuras, antes de aprenderem a ler) durante o sermão.

Lembrem-nos também das batalhas espirituais que todos encaramos no culto – distrações, deixar nossas mentes vagando, maus comportamentos – e como buscar auxílio do Senhor ao lutar essas batalhas.

E mais importante: orem com e por seus filhos, para que juntos com você eles crescentemente aprendam e amem adorar a seu Criador e Redentor.

Em resumo, devemos ensinar nossos filhos da aliança a adorar conosco, não por causa de tradição ou sentimento, mas porque o fim principal deles é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre. Nós, pais, devemos estabelecer nossas expectativas de acordo com isso e tomar a iniciativa em ensinar nossos filhos a adorar com reverência e amor.


Traduzido por Josaías Jr | Reforma21.org |