A Ressurreição de
Cristo um Fato Incontestável
TEXTO . Mt 28.
INTRODUÇÃO
Todos sabemos que a ressurreição é a pedra
fundamental da nossa fé. É sobre essa pedra que está construída a igreja. Jesus
morreu e ressuscitou. Sem a ressurreição não estaríamos reunidos nesta noite
como povo de Deus. Não haveria o culto e, consequentemente, não haveria
a igreja. Não estaríamos cantando nem louvando a Deus neste domingo. A
ressurreição de Jesus tornou-se o tema central de toda a pregação apostólica e
de toda a igreja nesses mais de dois mil anos. A fé cristã e todo o trabalho da
igreja neste mundo estão centralizados na vitória de Cristo sobre a morte (1 Co
15. 14).
O texto de Mateus, citado acima, apresenta
a ressurreição do ponto de vista das primeiras testemunhas oculares desse
glorioso fato. As mulheres, que receberam a Cristo como o seu Salvador e
Messias, quando Ele ministrava na Galiléia, foram as primeiras testemunhas da
ressurreição. Essas mulheres estavam ao pé da cruz por ocasião da crucificação.
Elas viram o seu corpo ser colocado na sepultura, mas agora estão diante do
túmulo vazio, no domingo pela manhã. Elas foram ao túmulo antes mesmo que o dia
raiasse.
Muitos contestar a ressureição de cristo, mas temos provas que
a ressureição de cristo é um fato incontestável
A primeira tentativa de se negar a
ressurreição de Cristo foi feita pelos próprios sacerdotes judeus. Justamente
aqueles que deveriam se arrepender de seus erros, tentam, diante das evidências
dos fatos, ocultar a verdade mediante suborno
Mt 28.11-15Quando alguns dos guardas se aproximaram dos sumos sacerdotes
e contaram a história do sepulcro vazio, as autoridades judaicas se sentiram
presas de uma preocupação desesperada. Era possível que todos os seus planos se
converteram em cinzas? De maneira que formularam um plano muito simples: deram
uma gorjeta aos membros da guarda para que dissessem que os discípulos de Jesus
tinham chegado enquanto eles dormiam e tinham roubado o seu corpo.
É interessante prestar atenção aos meios
que usaram as autoridades judaicas em seus desesperados intentos de eliminar a
Jesus. Tinham usado a traição para prendê-lo. A ilegalidade para julgá-lo. A
calúnia para acusá-lo diante de Pilatos. E agora recorriam ao suborno para
fazer calar a verdade a respeito dEle. E fracassaram. Dizia o provérbio romano:
grande é a verdade e prevalecerá. É uma realidade histórica que todas as
maquinações dos homens não podem deter a verdade. O evangelho da bondade é
maior que as estratagemas do mal.
. Entretanto, eles nada podiam fazer de
eficaz contra a realidade do Senhor Jesus ressurreto.
Aqui não nos ocuparemos com as tentativas
dos incrédulos em negar o fato da ressurreição; para nós, basta o que a Bíblia
nos diz; todavia, apresentaremos alguns elementos bíblicos que manifestam com
clareza a realidade da ressurreição de Cristo.
O TÚMULO VAZIO
Mateus registra que um anjo do Senhor
removeu a pedra (de cerca de duas toneladas que fechara o sepulcro de Jesus (Mt
28.2-4); certamente isto não foi feito para que Jesus pudesse sair, visto que a
matéria não servia de empecilho para o corpo glorificado do Senhor ressurreto
todavia isto foi feito, segundo me parece, a fim de que primeiramente Maria
Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José pudessem constatar com os seus
próprios olhos o túmulo vazio (Lc 24.1-3) e, posteriormente, também o fizessem
João e Pedro (Jo 20.1-10). O túmulo continuou vazio como evidência concreta da
ausência do corpo de Jesus. Todavia, o túmulo vazio pode ser explicado de três
formas: 1) Os discípulos de Jesus levaram o corpo; 2) Os inimigos de Jesus
levaram o corpo; ou 3) ele realmente ressuscitou.
Analisemos rapidamente as possibilidades:
Quanto à primeira, podemos observar que não aconteceu, pois eles ficaram
desanimados e desesperados com a morte de Jesus, não esperando ressurreição
alguma (Cf. Lc 24.17-21;36,37); e, mesmo que eles tentassem raptar o corpo de
Jesus, isto seria impossível visto que havia uma escolta de sobreaviso
guardando o túmulo (Cf. Mt 27.62-66). O mesmo é válido para a possibilidade dos
inimigos de Jesus tentarem roubar o seu corpo; e, também, por que eles fariam
isso? Para dar uma pista errada aos crédulos? Ora, se fosse assim, e o rapto
tivesse ocorrido, quando os discípulos começassem a proclamar a ressurreição de
Cristo, eles viriam a público apresentando o corpo morto de Cristo ou alguma
evidência irrefutável, silenciando definitivamente a pregação apostólica e
pondo fim à Igreja de Cristo; entretanto eles silenciaram; tentaram pela força
fazê-los calar, visto que não tinham como argumentar contra a evidência do
túmulo vazio. Então Jesus realmente ressuscitou!
AS APARIÇÕES DE JESUS
O Senhor ressurreto apareceu durante
quarenta dias (At 1.3) a várias pessoas em cerca de 13 ocasiões diferentes,
dando prova evidente da sua ressurreição. Paulo faz um sumário das aparições de
Jesus ressurreto (1Co 15.3-8).
A TRANSFORMAÇÃO DOS DISCÍPULOS
Apesar de sua a priori autoconfiança
ingênua, os discípulos, diante da prisão de Jesus, fogem deixando-o em mãos de
seus algozes Após a sua crucificação, estão atemorizados, às portas trancadas
(Jo 20.19,); agora, após a confirmação da ressurreição de Cristo, Pedro – que
antes negou a Cristo três vezes –, juntamente com João, dá testemunho corajoso
diante das autoridades judaicas (At 4.13,18-20; 5.29). Esta transformação só
pode ser explicada pela certeza da presença confortadora do Cristo vivo entre
eles Os apóstolos jamais extrairiam esta coragem de uma mentira por eles
inventada; esta ousadia era fruto do Espírito de Cristo que neles habitava (2Tm
1.7).
A PREGAÇÃO APOSTÓLICA
A certeza e o significado da ressurreição
de Cristo estavam tão nítidos na mente e nos corações dos discípulos, que todos
os seus sermões tinham como clímax histórico, a ressurreição. A mensagem
apostólica apontava para a vitória de Deus sobre o pecado e a morte, por meio
da ressurreição de Cristo. A pregação apostólica se baseava nas Palavras e nos
atos salvadores de Deus na História; e, a ressurreição foi um fato histórico
(Ver: At 1.22; 2.24; 3.15; 4.10,33. 5.30; 10.39-41; 17.2,3,17,18; 26.23; 1Co
15.12).
Como temos enfatizado, Paulo em Atenas, a
Jesus e a ressurreição” A ressurreição era a tônica de toda mensagem
apostólica; sem a ressurreição de Cristo não haveria pregação, nem fé, nem
esperança. No livro de Atos, não encontramos nenhum sermão em que a
ressurreição não fizesse parte da proclamação (At 8.5; Rm 10.8-10; 1Co 15.1,3,4,12;
2Tm 2.8). Mesmo que muitos estudiosos céticos não creiam na ressurreição de
Cristo, têm de admitir: os discípulos criam e a proclamavam.
A CONVERSÃO DE MUITÍSSIMOS SACERDOTES
Humanamente falando, os sacerdotes judeus
para aceitarem a pregação de Jesus como o Cristo, precisavam estar certos da
realidade da sua ressurreição, já que tudo parecia ser o oposto (por exemplo: A
crença predominante de um Messias militar, o boato forjado pelos principais
sacerdotes de que os discípulos de Jesus roubaram o seu corpo, etc.).
Entretanto, o Deus que age mediante a verdade, agiu em suas mentes e corações
por meio da realidade da ressurreição histórica de Cristo (Cf. At 6.7).
A CONVERSÃO DE SAULO
Saulo teve a sua vida transformada pelo
confronto com o Cristo ressurreto. Saulo, o perseguidor, agora é Paulo o
perseguido, disposto a dar a sua vida – como de fato deu –, por amor ao Cristo
vivo (Vejam-se: At 20.22-24; 21.13; 2Tm 4.6-8). Paulo transforma-se no pregador
efetivo do Cristo ressurreto, o qual lhe aparecera no caminho de Damasco e, era
uma realidade viva em sua existência (At 22.6-10; 26.8-18). Vinte anos depois
do seu encontro com Senhor vivo, Paulo se inclui entre aqueles que viram o
Senhor ressurreto, dizendo: “E, afinal, depois de todos, foi visto também por mim,
como por um nascido fora de tempo” (1Co 15.8).
OUTRAS EVIDÊNCIAS
1) A Existência da Igreja
A Igreja Cristã só pode ser explicada e
compreendida à luz da ressurreição de Cristo, porque se Cristo não ressuscitou
é vã a nossa fé (1Co 15.14,17 Foi a crença em um evento acontecido no tempo e
no espaço: Jesus de Nazaré ressuscitou dentre os mortos. Fé na ressurreição de
Jesus é um fato histórico inevitável. Sem essa evidência não haveria igreja
2) A Crença na Divindade de Cristo
Um dos elementos que atestam a divindade de
Cristo é o cumprimento das suas promessas. Se Cristo não tivesse ressuscitado,
os discípulos jamais aceitariam a sua divindade, pois, assim, Cristo teria sido
o motivo de suas
3) A Existência do Novo Testamento
Se Cristo não tivesse ressuscitado, não
haveria história a ser contada visto que o Novo Testamento é a narrativa do
cumprimento das promessas de Deus em Jesus Cristo nosso Senhor (1Co 15.1-5).
Estas são apenas algumas evidências que a
Bíblia apresenta da ressurreição de Cristo. A ressurreição para nós é um fato
que encontra o seu apoio no registro infalível da Palavra de Deus e, isto nos
basta; por isso, a nossa confissão é como a de Paulo: “Mas de fato Cristo
ressuscitou dentre os mortos….” (1Co 15.20).